E o dia de S. Valentim está à porta. Pode ser que coincida com uma altura em que faz falta é ter uma conversa séria contigo mesmo e dizer: “Sara a(s) ferida(s), descansa e revitaliza-te.”
Quem está num relacionamento sólido ou não, satisfatório ou não: tem a quem dirigir o seu afecto. Seja ele amor verdadeiro ou não, seja afecto superficial ou nem por isso.
Ninguém escapa ao dia de S. Valentim: o marketing é agressivo. É como o Natal.
E se não se tem um companheiro (a): pode ser um desafio emocional por conta da pressão comercio-social, nem que seja só pelo marketing agressivo.
Se tiver havido um rompimento recente ou de menos de um ano: esse pode ser o primeiro de dia de S. Valentim sem parceiro(a). Pode ser um Blue Valentine.
Ou não. Mais uma vez, tudo depende da perspectiva: do copo meio cheio, ou meio vazio. Depende de ti, de como o vês.
Blue Valentine? Não necessariamente
Em semana de S. Valentim tem 4 hipóteses:
1) Estás num relacionamento e aproveitas o dia para mostrar o teu amor, simpatia ou apreço, seja lá qual for o motivo que vos une e vos mantém juntos.
Se estiverem em crise, evita fazer de conta que está tudo bem: oferece ao teu par uma sessão (ou várias) de aconselhamento de casal e não caias na ratoeira de querer resolver todos os problemas acumulados do relacionamento com sexo, vinho tinto e lingerie: a sensação de logro vai estar no momento (tal como nos dias anteriores) ou vem logo a seguir.
2. Não estás num relacionamento e resolves ignorar o dia.
Mas vai ter que evitar ligar a televisão, a internet, e também deves evitar olhar para as montras das lojas : vais ser bombardeado com o marketing agressivo. Igual ao do Natal.
3. Não estás num relacionamento nem pretendes ter um tão cedo.
Mas queres celebrar o dia: podes sempre optar por fazer um festa de solteiros ou embarcar em sites de dates, para não estares sozinho no dia. Se não pretendes ter nenhum relacionamento tão cedo.
4. Não estás num relacionamento mas queres ter um relacionamento consistente como argamassa, que te faça sentir num espaço emocionalmente seguro , amado(a) e apoiodo no vários aspectos da tua vida: o dia de S Valentim pode ser o dia 1 desse relacionamento fora-de-série que tu queres e mereces só pelo facto de te ter passado pela mente.
Como diz a música, se consegues conceber , é possivel de realizar.
Mas antes, é preciso ter a certeza que o último relacionamento foi bem sanado: é preciso sarar as feridas.
Sara as feridas
Lembras-te daquele dizer antigo: dentada de cão cura-se com o pêlo do mesmo cão?
Pois nos relacionamentos não tem nada a ver. Mesmo nada.
Há quem salte de um relacionamento para outro para esquecer o anterior. Há quem até o recomende. Mau conselho. Péssimo mesmo.
Só vais fazer um composto agregado de emoções mal geridas e lições não aprendidas: e saltar para próximo relacionamento com os mesmos problemas a reboque, sem nada para dar emocionalmente e cometer exactamente os mesmo erros que levaram a um desenlace menos feliz.
É um looping de relacionamentos tóxicos que termina quando aprendes uma qualquer lição de vida, limpas o coração de ressentimentos e deixas de levar bagagem para o próximo relacionamento.
# Sara as feridas para ires inteiro para o próximo relacionamento
Mas se ter companhia estava a ser difícil, não quer dizer que ficar sozinho(a) seja fácil. Mas pode ser necessário. É como um murro no estômago.
(Aqui ficam desde já, de fora as analogias ou sugestões de violência doméstica, que é inaceitável em quaisquer contextos). Mas é um murro.
Que na realidade é uma mão cheia de amor. De amor próprio.
Isto se o objectivo for ter um relacionamento que valha a pena investir tempo, afecto e energia vital.
É fácil e comum colocarmos a culpa no outro quando um relacionamento não resulta no que se pretendia inicialmente.
Mas a verdade é que se estavas num relacionamento: alguma cota parte de responsabilidade pertence-te.
Nem que seja a de garantir os teus estados de felicidade. Ou de teres ignorado essa necessidade. E isso é o que faz falta sarar.
- Que investimento emocional colocaste logo à partida? Era de igual para igual? Ou alguém estava mais ou menos empenhado?
- Que limites, barreiras é que foram negligenciados ou ultrapassados? Quer seja de um lado quer do outro?
- Havia um visão partilhada? Ou apenas ajustada para fazer crer que era partilhada e evitar estar sozinho(a)? Ou seria que era mesmo inexistente?
E não convém passar ao (a) senhor(a) que se segue, sem antes deixar pousar a poeira, analizar os danos emocionias, e deixar as feridas cicatrizarem.
Sarar as feridas.
Isso se o objectivo é que o próximo relacionamento seja mais compensador, menos turbulento.
E quem não aprende à primeira vai andar em ciclos repetitivos até resolver sentar e ter uma conversa a sós consigo próprio(a).
Para isso é preciso descansar: física e emocionalmente.
Descansa: física e emocionalmente
É preciso descansar físicamente porque os desgostos emocionais resultam de situações decepcionantes a um nivel profundo: cansam, drenam, desgastam fisicamente.
Os cientistas até dizem que deixa lesões físicas no coração.
Emocionalmente é esgotante. Podemos até fazer de conta que estamos bem, mas a verdade é que ficamos emocionalmente drenados.
A tentação pode ser de querer ir buscar energia “exterior”: shots de depomina. Isso funciona por pouco tempo. E se optares por estratégias narcisistas ou de vampiro emocional: mas vais ter que depender sempre de alguma “presa” para teres suprimento.
Além do mais, narcisistas ou vampiros emocionais não procuram relacionamentos gratificantes porque sabem muito pouco sobre dar afecto: só querem receber e procuram “hospedeiros”, tal como qualquer parasita, para sugar energia vital.
Dá para uma pessoa ficar com uma sensação de estar perdida dentro de outra. Ou fora. Depende de quem enlouquece quem.
Mas nós aqui no Body&Soul não somos dessa espécie vampiresca.
Aqui: fala-se de relacionamentos de corpo e alma, de dar e receber: não de relacionamentos de ténias (afectivas) e intestino grosso (emocional).
Portanto: sara as feridas e rejuvesce.
Rejuvenesce: reinventa-te
Os gatos têm sete vidas e nós também. Se a cada “morte” emocional tivermos a capacidade de nos reinventarmos.
Tarefa hercúlea? Talvez um pouco. Mas vale a pena para uma nova vida, vale a pena por uma nova versão, ainda melhor, de ti.
O segredo está em transformarmo-nos naquilo que queremos ter na nossa vida.
E como é de amores e de S. Valentim que aqui estamos a falar, o dia 14 pode ser o primeiro dia do teu novo relacionamento.
E o teu novo relacionamento começa em ti. Ainda que a pessoa não faça parte do teu dia-a-dia. Ainda que não conheças essa pessoa. E se conheceres também vale: porque as mudanças que fazes em ti influenciam as pessoas ao teu redor.
Começa por ti: transforma-te na pessoa que queres ter na tua vida.
Claro que isso vai acarretar mudanças ao teu redor: algumas pessoas vão naturalmente afastar-se , porque já não se vão identificar contigo.
E isso pode ser um coisa boa: significa que se vão aproximar de ti as pessoas que se identificam com essa tua renovada forma de ser.
Claro que isso é mais do que uma mudança de visual, cosmética: passa por uma mudança de hábitos diários. Uma mudança que se vai compondo até a uma nova forma de ser e estar. Aquela que visualizaste para ti.
E quando olhares para trás: reiventaste-te.
E pode tudo começar num dia de S.Valentim que podia ser um Blue Valentine, mas não o foi, porque tu assim o decidiste.
Getting Better Every Day
Healing Hugs
From Body&Soul!
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"In nature, nothing is lost, nothing is created, everything is transformed"
Antoine Lavoisier, 1789
The Law of the Conservation of Mass