Por definição, situações decepcionantes são aquelas que trazem tristeza ou desgosto devidos a expectactivas próprias que não se concretizaram. É imperativo superar essas situações.
Expectativa é provavelmente a palavra-chave aqui. Alguns podem dizer que o melhor “não ter expectativas”. Ponto de vista niilista demais: não é a perspectiva adotada aqui.
Vais baixar os teus padrões, só para evitar decepções? Não é uma boa ideia: seria o mesmo que te contentares com menos. Achas mesmo que mereces ficar-te pelo “contentar” e aceitar menos do que realmente desejas, sonhas e almejas?
Ou vamos eliminar as expectativas porque assim acabamos de vez com a possibilidade de haver lugar a decepções?
Somos mais corajosos do que isso.
Talvez o ideal seja superar o sentimento de decepção e sair dele, não mais frio nem estupidificados(as), mas mais fortes, mais sensatos(as) e com mais inteligência emocional.
Como fazer isso? Estas 3 pistas estão aqui para apontar a direção para superar o desapontamento. De forma mais rápida.
# Dica 1- Aceita o sentimento de decepção
Alguma coisa não vai de encontra ás tuas expectativas logo: ficas desapontado (a).
Permite-te ficar desapontado (a).
Aceita as coisas como elas são, no momento presente.
É tristeza que sentes? Então não finjas que não é.
Diz para ti mesmo(a): sinto-me decepcionado(a) porque... E identifica o motivo.
Aceitar é a primeira coisa a fazer.
Só quando se reconhece é que ficamos em condições emocionais de sair desse estado.
Se reprimirmos o sentimento de decepção: vai continuar a lá estar de alguma forma, embutida e as frustrações vão surgir como uma raiva, quando algo as desencadear.
Então aceita a decepção, senta-te com o sentimento, tome um chá a dois, conversa com ela e reconhece-lhe a importância, sente-la no corpo: respira fundo e deixe isso sair pelos teus pés para a terra.
Aterrar ajuda (andar e pé descalço), fazer um registo escrito (ou video-jornaling) é precioso.
Assim vais estar em condições de analisar o que correu mal, e pensar no que podes fazer para ter um resultado diferente, mais alinhado com as tuas expectativas.
#Dica 2: Eliminar as expectativas não é uma opção
Eliminar a expectativa não é uma opção.
De que outra forma vais transformar um sonho em realidade? Tens que que conceber e depois, ter a expectativa de que se torne realidade.
Aqui no “Body&Soul” acreditamos firmemente nos 5 passos do Método Silva para atingir um objetivo:
Passo 1 – Desejo: tens que desejar “aquilo”.
Passo 2 – Acreditar: tens que acreditar que pode acontecer.
Passo 3 – Expectativa: tens que esperar que aconteça.
Passo 4 – Positivo: é preciso formular de forma positiva (por exemplo, não é para deseja que alguém seja demitido para teres ao cargo dessa pessoa: tens que formular o teu desejo de ser promovido a ****, a posição que queres)
Passo 5 – Visualiza o Objetivo Alcançado: imagina e ensina o teu corpo a sentir, como se já tivesses alcançado o teu resultado. É uma forma de garantir que a vibração da tua energia corresponda aos teus pensamentos e intenções. Sem dúvidas ou medo: puro sentimento de alegria ao “vizualizar”.
Mas neste caso tens “trabalho de casa para fazer”: porque gastaste energia vital num objetivo que não te interessa mais.
E pode ter sido apenas uma perda de tempo. É preciso aprender alguma coisa daí.
Provavelmente terás que te perguntar o seguinte:
- “O porquê desse objectivo ter sido transformado numa meta a atingir: foi um desejo meu ou um desejo de outras pessoas, que adoptei como meu, sem considerar os meus próprios quereres mais profundos?”
- “Essa meta era compatível com os meus valores fundamentais ou será que sacrifique algo em mim?”
Neste caso é preciso fazer uma análise de quem realmente és, do que realmente gostas ou não, sobre os teus limites internos, que provavelmente não foram bem definidos.
O único motivo para irmos parar um pouco ao passado, é para aprender uma qualquer lição que ele trouxe com o momento desafiador, que neste caso trouxe decepção.
O teu maior interesse é evitar no futuro, colocar tanta anergia em algo que, não só se transforma num desapontamento com também, no final de contas, nem era assim tão importante para ti.
Decepções fazem parte da vida
Desilusões fazem parte da vida . Pode-se ficar desapontado com as pessoas, desapontado com as situações, desapontado connosco mesmo.
A área onde temos mais poder: é sobre nós mesmos.
Vais desistir de toda a gente, de todas as situações, de ti mesmo? De viver?
Não.
Nós aqui somos touros aqui: puxamos para cima.
Nós vamos falhar. E falhar mais uma vez. E falhar de novo: até acertarmos.
“Vais perder, vais envergonhar-te a ti mesmo, vais sofrer com alguma coisa”, mas é preciso cair para a frente, como diria Denzel Washington no seu famoso discurso.
Esta é uma maneira poderosa de ver as decepções de uma outra perspectiva.
# Dica 3: Superar a decepção e ver a situação de um ponto de vista diferente
As coisas são o que são.
Mas a tua perspectiva não precisa ser rígida: podes mudá-la. Depende apenas de que ponto de vista é que estás a ver as coisas.
Dá um passo para trás, assume o ponto de vista do falcão e vê o cenário maior.
- A meta ainda é importante? Não importa se a meta é realista ou não (se fôssemos só “realistas” não haveria aviões, nem viagens à lua, nem barcos, nem lâmpadas… a lista é intermiável). A pergunta é: ainda queres atingir aquele objectivo? Tens que saber se o objetivo ainda é importante para ti. Para garantir que investes a tua energia vital em algo que realmente é importante para ti.
- Será preciso reajustar a meta? Talvez dividi-la em metas menores, encontrar os parceiros certos para ajudar-te a alcançá-los, reajustar os prazos, adquirir habilidades específicas para alcançá-los: o que é que precisas de ajustar aí?
- Será necessária uma mudança de atitude ou valor que é importante para atingires o teu objetivo e que não entre em conflito com os teus valores fundamentais?
- Não leves para o lado tão pessoal: se a razão do teu desapontamento é uma pessoa, não leves para o lado tão pessoal.
As pessoas às vezes não se fazem melhor porque não sabem melhor. Mas deves certificar-te de que compartilham o(s) mesmo(s) objetivo(s) e valores.
Como é que alguém vai trabalhar contigo num objectivo, se o objectivo não é o mesmo para ambos?
Conversa honesta e comunicação real é fundamental – dizer o que se quer dizer e ouvir ativamente o que está a ser dito, para garantir que ambas as partes estão alinhadas. Ou não.
- É a estratégia que precisa ser reajustada? Se queres ir de Roma para o Havaí, tens que apanhar u m avião ou usar uma embarcação: um carro não te vai levar lá.
Reavalia se a estratégia que estás usar é compatível com o objectivo que pretendes alcançar e se estás a conectar-te com pessoas que realmente te vão ajudar a atingir os teus objetivos.
Lembra-te que as melhores parcerias são as win-win, quando as duas partes ganham: é assim que ambos estarão efectivamente comprometidos com um determinado resultado.
… Resumindo
O que acontece com as decepções é que associamos a erros, falhas, enganos, danos.
Mas são muito mais do que isso.
Se encararmos as decepções como experiências de vida que nos dão mais resiliência, que nos ajudam a ter limites melhor definidos, mas também a nos tornarmo-nos em seres humanos melhores: transformamos uma dificuldade em algo poderoso.
Não foi apenas dor, não foi apenas resistência à dor suportada: nós transmutamos a experiência desafiante em algo de valor.
O importante é não nos deixarmos ficar atados aquele momento.
Quando ficamos presos, é uma espécie de autossabotagem, tornamo-nos no nosso próprio obstáculo: temos que sair do nosso próprio caminho e deixar de ser nosso próprio entrave.
A alavancagem da pós-decepção acontece quando a superamos.
E fazemos isso aprendendo com a queda que sofremos, levantando-nos e focando energia no que fazemos agora que vai construir o que vem pela frente.
Com a fé e a confiança de que, aconteça o que acontecer: nós vamos saber lidar com isso.
Getting Better Every Day
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"In nature, nothing is lost, nothing is created, everything is transformed"
Antoine Lavoisier, 1789
The Law of the Conservation of Mass
