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Como Lidar Emocionalmente Com A Calúnia? (Parte 2)

Então o teu nome tem sido caluniado: E agora?

Como é que se lida com as consequências emocionais, depois de ter o nome a correr na boca do povo, de forma injusta?

Ser um alvo de calúnia atinge de forma muito pessoal.

E não adianta fazer cara de mau e estar a desmoronar por dentro.

Afogar na vergonha ou adotar uma posição mental de vitimismo é de fugir: mata-te por dentro, de uma forma lenta.

Desenvolver resiliência a um nível de essência é a chave. E se no percurso conseguires continuar a ter uma alma limpa de rancor: é muito mais do que uma vitória sobre a calúnia ou sobre os caluniadores.

É uma vitória sobre ti mesmo, sobre um ego que já foi frágil um dia.

Como lidar emocionalmente com a calúnia?

Como lidar, emocionalmente, com a confusão da calúnia?

Não é pêra-doce, diga-se de passagem. Conflitos internos que  ninguém sabe, excepto aqueles que passaram pelo mesmo ou por uma experiência similar.

Isto afecta todas as áreas da vida: trabalho, família, amigos, finanças… Tudo.

Até mesmo a relação contigo próprio(a).

Pode até mesmo afectar a tua saúde física e mental, devido aos níveis de stress, se estes não forem bem geridos.

Por isso é tão importante constituir resiliência. Força interior. Força psicológica.

Se a tua reputação foi atingida, uma coisa é certa: a percepção que os outros têm de ti muda. Muda muito.

Por outro lado, uma coisa ainda mais perigosa pode eventualmente acontecer: isto é se houver uma certa contaminação na percepção que possas ter sobre ti mesmo(a), se começares a ver-te de uma forma depreciativa.

Se estes eventos te impedem de te veres como uma pessoa de valor, e eventualmente evoluirem para sentimentos de vergonha crónica ou colocarem-te com uma mentalidade de vítima: isto não te vai permitir  criar e crescer em vários aspectos da tua vida.

Algumas pessoas desenvolvem, eventualmente,  ansiedade social, depressão ou outros distúrbios mentais.

Nestes casos, pode ser útil considerar a necessidade de procurar ajuda profissional, psicoterapia.

Se achares que dá para gerir a crise por tua conta, seguem abaixo alguns aspectos a ter em conta, para não te fragmentares e para te ajudar a constituir força interior.

#1 Aceita os factos

Aceita que danos foram feitos á tua imagem.

Mas tens que estar de bem com o seguinte: não há como controlar a forma como os sentem ou dizem de ti.

O teu maior poder reside no controlo que tens sobre ti mesmo e na percepção que tens de ti mesmo.

E a primeira coisa a fazer é parar de desperdiçar energia a tentar mudar a forma como as pessoas te vêem ou o que pensam da tua pessoa.

Redireciona essa energia para outro lado.

Isso não quer dizer que não há nada que tu possas fazer. Au contraire, caríssimo(a).  Oque podes e deves fazer é trabalhar em ti mesmo(a).

Sim: Trabalhar em ti para fazer um upgrade das tuas competências, na tua autoconfiança, para constituires resiliência. Tornares-te psicologicamente resiliente. Ser alvo de  calúnia não é coisa para amadores: tens que te tornar num profissional de resiliência.

#2 Reconhece os teus sentimentos

E valida-os. Tens todo o direito de estar zangado, a tua vida foi virada do avesso.

Dá um passo atrás e vê a situação de uma perspectiva mais vasta. Reconhecer os teus sentimentos de ira é uma coisa. Agir a partir dessa energia de baixa vibração é outra coisa. Já tens drama suficiente na tua vida: não há necessidade de atirar mais achas à fogueira e acumular mas problemas, com a tua ajuda.

Mas tu tens o direito de te sentires zangado, ultrajado, magoado.

Não finjas que não sentes o que sentes: só se vai acumulando por dentro, numa coisa ainda maior. E isso vai consumir-te por dentro (implodir) ou destruir tudo á tua volta explodir).

Reconhece os teus sentimentos. E chora se precisares, dedica-te à arte, faz desporto: para transmutares toda essa energia. E fazeres a saberes porque é que o fazes: porque estás zangado (a)  e no teu direito de estares.

#3 Torna-te íntimo de ti mesmo: aprende a meditar

Isto é um ponto chave.

A dada altura, durante fase  da “matança pela calúnia”, e se a calúnia tiver sido bem feita, com pitadas de verdade no meio: tu vais duvidar de ti mesmo(a), vais questionar-te.

E este é o momento crucial onde podes ficar insano(a), odiar-te ou ficar firme, de pés bem assentes o chão.

E só vais conseguir ser firme se souberes quem realmente és e o que é que defendes, acreditas.

Uma forma excelente de o fazer é pela meditação e/ou pela prática de técnicas de respiração (breathwork). A meditação  vai ajudar-te  na descoberta interna  de t próprio(a), se a tua estrutura emocional tiver fragilidades.

Além disso, tu a situação da calúnia coloca-te em níveis elevados de stress, numa base diária, que certamente irão interferir  com os teus padrões de sono, com o sistema imunitário e pode comprometer estado de saúde  em geral.

É por isso que a meditação/breathwork se torna uma ferramenta de defesa tão importante para a tua saúde mental e física.

És insultado todos os dias? De uma forma sub-reptícia, o que torna os insultos ainda mais ultrajantes?

Então é preciso limpar a mente e a alma de toda essa sujeira. Todos os dias. Tal como lavar os dentes.

Isso torna mais fácil a tarefa  de separar o que é real do que não é.

Isso torna mais fácil a tarefa de separar o que as pessoas andam a dizer de ti  de quem tu realmente és.

De certeza que não te vais queres juntar ao clube, para te tornares no melhor apoiante dos teus odiosos, começando a odiar-te a ti mesmo.

#4 Evita atirar às cegas

Pode acontecer que não saibas quem é a pessoa que espalha os rumores.

Pode ser mais que uma pessoa.

Pode ser uma massa densa de pessoas.

Só vês o fumo, não sabes onde está o fogo: e queima como o raio. E o ar é demasiado tóxico.

Sentes o calor infernal. Respiras o fumo intoxicante.

O que vais fazer? Atirar ás cegas? No meio do nevoeiro?

Iniciar um tumulto contra a massa de gente, por vezes não identificada e criar mais drama na tua vida?

Não.

Precisas de sair da queima.

Precisas de sair da atmosfera intoxicante.

#5 Cessa a comunicação com pessoas tóxicas

Se conseguires identificar a pessoas tóxicas: deixa de comunicar com essas pessoas.

Sim. É difícil de fazê-lo no espaço de trabalho: mas não é impossível. Fica-te pelo essencial.

#6 Perdoa o caluniador

Isso mesmo: perdoa o caluniador.

O que é que acontece se não o fazes? Estás a viver  24 horas por dia, 7 dias por semana, com o imundo na tua cabeça. Podes nem te aperceber  mas até dormes com ele(a) . É isso mesmo que queres? Prestar tamanha homenagem a alguém que não merece o teu respeito?

Talvez não.

A melhor coisa a fazer é perdoá-los por sentirem inveja, por se sentirem inferiores a i de alguma fora, de outra forma não sentiriam necessidade de te humilhar ou menosprezar.

Perdoa.

E estás a fazê-lo por ti. Porque no meio de todos os problemas que possam ter sido causados: tu mereces ter paz. Tu mereces dormir com a mente em pessoas que te amam e te respeitam.

Desapega-te da tentação da vingança: é um loop de apego negativo.

Obter justiça é um outro assunto e não está no âmbito deste artigo.

A vingança? Não traz nada de bom. É uma espécie de auto-estupro,  uma espécie de auto-mutilação.

#7 Evita compensar com excesso de trabalho

Isto deve ser evitado porque pode ser uma porta aberta para teres um esgotamento nervoso.

Pode ser tentador fazê-lo - o excesso de trabalho, por eventuais perdas monetárias que tenhas tido como consequência, ou para evitar lidar com o ambiente da calúnia.

 Mas recorrer ao excesso de trabalho é um não redondo.

Ainda assim: certifica-te que o que fazes é bem feito. Para que ninguém possa apontar um dedo à qualidade do teu trabalho. Mas não mergulhes no excesso de trabalho.

Protege-te, protege a tua saúde mental, protege a tua saúde física.

#8 Certifica-te de que tens, pelo menos UMA PESSOA do teu lado: TU.

Sim. Anda direito e orgulhoso, com a confiança que sabes quem és.

E se mentiras foram ditas: não as aceites como sendo verdades.

Não há necessidade de andares envolto num manto de vergonha, com os ombros caídos, cabeça e os olhos baixos.

E se fizeste uma auto-reflexão e chegaste á conclusão que há espaço de melhoria, de crescimento, a ser feito na tua atitude/comportamento: corrige o que precisa de ser  melhorado.

E também neste caso:  não há necessidade de viver com vergonha, porque estás a trabalhar em ti mesmo para te tornares numa melhor versão de ti mesmo.

Pratica  amor-próprio. Numa base diária.

E se não houver ninguém por perto para te dar amor ou dizer que te ama: tu vais estar lá, presente, para te apoiares a ti mesmo.

Como é que fazes isso?

Falando contigo, reconhecendo as coisas que adoras em ti – traços pessoais de caráter, características físicas. Fala contigo e diz que te amas: ao espelho. Como se estivesse a falar para alguém de quem gostas muito. Todos os dias. Isso funciona.

Se tiveres um bom sistema de suporte: apoio psicológico profissional, amigos de confiança, ou membros da família que são da tua confiança: usa esse apoio.

Mas certifica-te que pelo menos uma pessoa está do teu lado: tu.

Vale a pena lutar por ti, só tens que te transformar no teu melhor amigo.

Pode não resolver todos os problemas, mas ajuda-te a ver as coisas com mais clareza e então: estás em condições de encontrar melhores soluções para os teus problemas.

Getting Better Every Day

Clean Hugs

From Body&Soul!

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