Aqui é sobre estratégias pequenas, que podemos usar quando nos apercebemos que estamos a sangrar por dentro.
Para nos darmos auto-apoio para começar a cicatrizar as feridas emocionais: as marcas das nossas lutas internas. E se estiver a ter apoio profissional de um terapeuta melhor ainda: estás a ajudar o teu terapeuta a ajudar-te melhor.
Este é uma sequela do blog da semana anterior – onde se abordou o contexto de como identificar se estamos em sofrimento emocional, a sangrar por dentro, mas nem nos damos conta porque o corpo e o sangue estão quentes, e temos a energia toda voltada para sobreviver. Ainda não dói, mas o corte emocional já está lá.
1. Como sarar então, as feridas emocionais?
Se vires que precisas de apoio profissonal: não tenhas vergonha de pedir ajuda.
Aliás está muito longe de ser uma vergonha: é um acto de coragem. Coragem de te levanteres para te ajudar a ti próprio (a).
2. A imaginação
Eu diria que melhor forma de sarar uma ferida: está na imaginação. Treinar o músculo da imaginação. É como se fosse um músculo: precisa de ser treinado.
Porquê que a imaginação é tão importante? Porque o cérebro não distingue o real do imaginário.
E se o cérebro não distingue o real do imaginário: é preciso pôr o corpo a trabalhar para o nosso bem-estar. E a imaginação pode ser um bom instrumento.
2.1 Faz do teu sono um momento sagrado
Esquece o scrolling no telemóvel por alguns minutos.
O ideal até é fazê-lo antes de ir dormir: para ires para a cama de sorriso no rosto e alma lavada.
Reserva alguns minutos antes de dormir para sonhares acordado (mas de olhos fechados, sem tensão no rosto, com respirações fundas).
Vais dizer: é difícil com tanta me*rda a acontecer na vida. Mais um motivo para treinares o músculo da imaginação: até que se torne um hábito fácil.
Hoje imaginação. Amanhã realidade.
Imagina qualquer coisa que te dê ou daria genuino gozo: aquela viagem à América Latina, nadar nú (nua) no mar, pilotar um iate ou um helicóptero…
O segredo está em criar a imagem na tua mente e, ao mesmo tempo ter as sensações no corpo que isso te daria.
Se fizeres isso antes ir dormir vais dormir com os teus sonhos em vez de dormires com os teus stresses.
E quando acordares vais sentir a diferença do teu ânimo ao longo do dia, na forma como encaras as pequenas e as grandes questões do dia. Vais ver a tua vida de forma difernte. Um dia de cada vez.
3. Interromper o circuito dos loops de pensamentos negativos: respiração e contar ao contrário
Esta é fácil. Difícil as vezes é perceber que estás em loop. Mas fica aqui a deixa.
Começas a sentir-te fisicamente tenso(a), mal, irritadiço(a) frustrado(a): algum pensamento deu origem a isso e nem te apercebeste.
3.1 Corta-corrente: a respiração
Se estás que nem tu te aturas: em vez de ir a correr para os mecanismos de fuga do costume (normalmente um qualquer vício, um qualquer consumo compulsivo, quer seja compras desnecessárias ou a ingestão de alguma coisa): respira fundo.
É preciso treinarmo-nos a dizer “Não” ao fedelho inepto que existe em nós.
Expira como se estiveses a assoprar uma vela: e vais sentir a tensão a sair da zona do estômago e literalmente ser expelida pelo ar que sai da tua boca.
3.2 Corta-corrente: contagem decrescente
Outra forma castiça de interromper o loop de pensamentos negativos é contar para trás de 5 até 1.
Se não estiveres a conduzir, fecha os olhos, concentra-te no ponto entre os teus olhos (direcção da glandula pineal) e imagina um painel grande de televisão, 2 metros à tua frente: visualiza os números que estás a contar como aqueles que aparecem no inicio das gravações dos filmes.
4. Outro músculo a treinar: a auto estima
Se estivermos a sangrar por dentro, de alguma forma a nossa auto-estima ficou abalada.
Algo nos fez sentir pequenos(as) perante as circunstâncias, indefesos (as), menos que.
Quando nos sentimos atraiçoados pela vida e/ou pelas nossas escolhas: a primeira coisa a fazer é ter auto-compaixão.
Sim: auto-compaixão. Não é auto-comiseração.
Auto-compaixão porque não soubemos fazer melhor na altura. Auto-compaixão porque na realidade fizemos o melhor que podíamos como o que sabíamos.
Auto-punição? Vais sangrar ainda mais.
Pára. Aceita o que foi. Perdoa-te. E segue.
Tira o foco da situação/contexto desfavorável, tira o foco da pessoa que te magoou e foca em ti.
O que é que podes fazer para te sentires confortável no teu corpo, na tua mente., com a tua pessoa?
Faz coisas que genuinamente te trazem gozo e tranquilidade de espírito.
Se já sabes como ir até aquele espaço em ti que te traz a tal tranquilidade, faz isso. Ou então experimenta algo novo, aprende algo novo para ver o que funciona melhor para ti.
(Nota: evita os atalhos dos vícios, de compras ou seja lá do que for: aprende a dizer NÃO ao fedelho que existe em ti. Isso vai dar-te um pico de dopamina, que dura uns minutos a seguir tens um “ressaca” e sentes-te ainda pior do que antes.)
Agradece
As pequenas coisas, as grandes coisas, as pessoas que representam um pilar emocional (sejam elas vivas ou mortas), agradece o que tens, agradece a luz do sol, o barulho do mar (que é tão tranquilizante). Agradece: e vais ver o bem que te faz sentir na tua pele. Aliás: não é biológicamnete possivel sentires gratidão e ressentimento simutânemamente.
Vais sentir bem na tua pele. É garantido.
Elimina a culpa e não generalizes as situações
Foi mal feito ontem? Amanhã farás melhor.
A culpa ancora-te ao passado de uma forma muito negativa. E mais uma vez: a única coisa que deves carregar do passado são as sensações boas e as lições do momentos desafiantes. E mais nada. A culpa é altamente corrosiva.
Confia em ti
Sê o teu primeiro fã. Não de uma forma narcisista: até porque os narcisistas precisam da validação externa para se sentirem gente. Precisam “fonte “ de alimentação.
Lembras-te daquele exercício de imaginação? Pode ser mais do que isso: podes visualizar os teus objectivos. Isto per si: dá-te a motivação interna. E quando tens esse combustível: as coisas acontecem.
É como se o universo de premiasse por te atreveres a sonhar.
Pára de te comparar a outras pessoas.
A comparação é uma forma de competição. E é competição desleal. Para contigo.
Tens uma combinação única de genes, uma experiência de vida biológica e emocional só tua, tens dons.
Porque cargas de água te hás-de comparar a outros(as) ? Se seres tu próprio te coloca num lugar em que não há competilção possível?
Celebra a tua unicidade. Nem toda a gente vai celebrar contigo? Tens que estar de bem com isso, porque ao final do dia: és tu contigo, na tua mente, és tu contigo.
Por mais gente que tenhas à volta: não há como fugir de ti. Portanto: aceita-te. E aquilo que menos gostas em ti: aperfeiçoa.
Portanto, tu é que tens que sentir:
orgulho de quem és,
orgulho no que fazes,
orgulho em quem te estás a transformar.
E se não sentes isso: qualquer fase da vida é uma boa fase para mudar qualquer coisa. Por pequena que seja.
Estagnação é morte. E são sempre os pequenos passos, consistentes, que fazem as grandes mudanças.
Getting Better Every Day
Healed Hugs
From Body&Soul!
Referências e Blogues Relacionados:
https://bodyandsoulbizz.co.uk/estas-a-sangrar-por-dentro-e-nao-deste-conta/
https://www.vittude.com/blog/atitudes-para-aumentar-autoestima/
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"In nature, nothing is lost, nothing is created, everything is transformed"
Antoine Lavoisier, 1789
The Law of the Conservation of Mass