Emotional Bleeding 1

Estás a Sangrar por Dentro e Não Deste Conta (Parte 1)?

Não se trata daquelas hemorragias internas, ainda que alguns sintomas possam ser parecidos. Estamos a falar de quando ficamos a sangrar por dentro porque a vida, as nossas escolhas, outras pessoas  ou tudo ao mesmo tempo, nos ferem com golpes violentos. Dos emocionais.

E ás vezes temos, porque é vital ter, as energias todas voltadas para lutar e “sobreviver” emocionalmente, que nem nos apercebemos que estamos a sangrar por dentro.

Essas feridas precisam de cicatrizar. É fundamental estancar a sangria emocional. Sob o risco de ficar anémico (a), tipo um zombie sem ânimo para nada.

Que é o mesmo que dizer: ficar sem alma (aliás, etimologicamente, a palavra alma deriva do termo em Latim animu, ou anima, que significa "o que anima").

1. Como ver se estás a sangrar emocionalmente (caso não te tenhas apercebido)?

Como neste blog adoramos metáforas e paralelos – porque de certa forma ajuda a contextualizar melhor, aqui vamos usar os sintomas de uma hemorragia  biológica.

Ora, quando as pessoas estão com uma hemorragia interna, os sintomas mais comuns são estes:

  1. Dor no local da lesão
  2. Palidez e cansaço;
  3. Pele fria, húmida e suada (suores frios);
  4. Pulso rápido e fraco;
  5. Respiração acelerada, sem fôlego ou falta de ar;
  1. Muita sede;
  2. Queda da pressão, tontura;
  3. Tontura;
  4. Náuseas ou vômitos com sangue;
  5. Inconsciência.

Já deu para ter um vislumbre? Mais ou menos. O objectivo aqui não é sádico. Muito pelo contrário: é identifcar a maleita, para depois melhor poder sarar.

Mas vamos fazer isto passo a passo. O que é que os sintomas da hemorragia biológica têm em comum com a sangria emocional?

Vamos avançar com o raciocínio, juntos. Não estás sozinho(a) nisto.

Dor no local da lesão = dor no coração

Já conteceu teres sentido tamanho desgosto com uma atitude, comportamento de alguém,  que até pode ter sido contigo mesmo, que sentes uma espécie de  dor na zona do coração? Ou pelo menos  sentiste como se uma mão ruim te estivesse a apertar o coração?

Se já sentiste isso ou tens sentido: é o primeiro ponto da lista a mostrar alguns vestígios de sangue a sair da alma.

Palidez e cansaço = falta de vitalidade geral

A palidez de alma por falta de entusisamo para quase tudo e um cansaço que não é só físico mas também é um cansaço de alma. Porque no mínimo é o fim dda forma como viamos a outra pessoa  e nada será com antes. E o cansaco, a desmotivação vêm da sensação de morte, de perda de algo.

Mais um sinal de gotinhas de sangue a jorrar da alma...

Pele fria, húmida e suada (suores frios)

O suor frio é uma resposta do corpo, cujo objecivo é proteger o organismo em situações perigosas em que há um diminuição de oxigénio a circular no sangue no casos queda de tensão e… stress…e ansiedade.

Mais umas gotinhas…

…E a respiração acelerada, a falta de ar, as náuseas, as tonturas

Todos estes sintomas estão associados a picos de stress. E a origem do teu stress pode ser uma ferida aberta… na alma.

Conseguiste identificar pelo menos 50% dos sintomas?

Então o mais provável é que tenhas uma ou várias feridas de alma, abertas, a gotejar a provocar-te anemia energética.

Uma vez reconhecida(s): essa(s) feridas precisam de ser ser saradas.

Nota: atenção que muitos destes sintomas psicossomáticos também podem ser  sinais de alguma perturbação da saúde, pelo que uma ida ao médico deve ser considerada.

2. Sarando as feridas: a metáfora do punhal

Outra metáfora? Outra metáfora.

Se alguém tiver sido apunhalado, a  primeira coisa que vai fazer, se ainda tiver forças é retirar o punhal certo? Mas depois não vai estar a espetar o punhal 500 x  para reabrir a ferida, certo?

Se o punhal aqui for uma determinada situação/ contexto: o que temos a fazer  é eliminar a situação/contexto de vida. Para depois tratar da ferida.

É preciso ter em mente que o nosso cérebro não distingue o real do imaginário. Apenas processa pensamentos.

No momento em que estamos a relembrar algo doloroso do passado, ele envia sinais ao corpo para produzir bioquímicos associados a esse pensamento: é um caminho neural conhecido que organismo reconhece a facilita-nos (ou dificulta-nos) a vida, tendo-o registado.

Portanto se estivermos sistemáticamente a relembrar a situação/contexto: biologicamente é como se o estivessemos a vive-lo  de novo.

É o punhal a ser novamente enterrado.

E desta vez somos nós a perpetrar o golpe. Com os nossos pensamentos.

O que fazer então?

Fazer de conta que o desgosto não está lá?

Suprimir a emoção negativa?

De todo. De cada vez que reprimimos emoções, a única coisa que estamos a fazer é criar um monstro. Da próxima vez que vier:  vem ainda mais forte,  mais robusto. E à custa da nossa força anímica.

É preciso parar de alimentar o bicho.

Senta-te um pouco com a tua dor. Para melhor a entenderes.

Para depois estares mais apto para a curar.

3. Tomar um café com a dor. Senta-te um pouco com ela

Há quem diga que a única coisa que nos deve levar ás agruras do passado: é para aprender alguma lição daí. Certíssimo.

Há quem  defenda que devemos tomar posse das nossas dores, para podermos ter domínio sobre elas. Faz sentido.

Mas há uma outra abordagem hiper interessante. Negar a possessão da dor e tratá-la como uma entidade externa, que te acompanha temporariamente. E isso pode ser muito útil em algumas situações.

Reconheces-lhe a existência. Da dor.

Está lá, está a acompanhar-te por alguns momentos: mas não faz parte de ti, não te define como pessoa.

Bleeding 2

NÃO ÉS uma pessoa triste. Estás momentaneamente triste.

NÃO ÉS uma pessoa desgostosa ou amarga. Estás momentaneamente desgostoso.

Se fizeres da tua dor algo que é externo ti: pode dizer-se que não te pertence, não é uma parte de ti, não é nada teu, não te define, não é a tua assinatura energética. Só estás acompanhado temporáriamento por…

E isso é uma forma de não te deixares definir por qualquer situação desafiante por que tenhas passado: deixas de alimentar o monstro.

Ao sentares-te com a dor, temporariamente tua companheira: ouve o que ela te tem a dizer. E vais perceber o que te perturba nela, porque te perturba.

E vais estar aprender de como lidar com ela, vais conhecer-te melhor, de como ter domínio sobre… E o que te pertence, não é a dor em si mas sim a lição de vida que passa a ser tua a partir do momento em que a apreendas.

E aprender a lição não é ficar amargo, de coração gelado. Se isso acontecer: sangraste até ficares seco.

E isso não te vai permitir ver a vida acontecer á tua volta, todos os dias, nas pequenas coisas, porque no fundo deixaste de ter “vida”. Estás vivo biologicamente. Deixas de sentir maravilhado com as pequenas coisas, os pequenos milagres, os pequenos prazeres.

E nós não queremos isto para ti. Tu não queres isso para ti.

Queremos-te de sangue quente a pulsar no corpo e brilho nos olhos que não escondem o entusiasmo de estar vivo. Acordado(a).

Ninguem gosta de sofrer.

Mas a alternativa não pode ser ficar dormente, estagnado, sem vida ou enusiasmo.  E isso requer coragem. De tornar a acreditar. De tornar a  confiar. E para isso: é preciso sarar as feridas.

Getting Better Every Day

Unbleeding Hugs

From Body&Soul!

Então o mais provável é que tenhas uma ou várias feridas de alma, abertas, a gotejar a provocar-te anemia energética.

Uma vez reconhecida(s): essa(s) feridas precisam de ser ser saradas.

Nota: atenção que muitos destes sintomas psicossomáticos também podem ser  sinais de alguma perturbação da saúde, pelo que uma ida ao médico deve ser considerada.

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"In nature, nothing is lost, nothing is created, everything is transformed"

Antoine Lavoisier, 1789

The Law of the Conservation of Mass

Author Eunice Veloso

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1 thought on “Estás a Sangrar por Dentro e Não Deste Conta (Parte 1)?”

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