Atitude mental, preguiça

Preguiça do Pós-Natal. Ou Nem Por Isso

Estás a ver aquela aquela preguiça que nos dá, no pós-Natal? Isso... Ou nem por isso!

Podiamos estar a falar daquila preguiça fisica e mental que segue a ingestão desgovernada de açúcar  e hidratos de carbono, sem dó nem piedade.

Acrescida do completo desprezo pelo horários das refeições.

Mas não é dessa preguiça que se quer tratar aqui – embora fosse um assunto mais que oportuno.

Estamos a falar de uma das menos mencionadas preguiças, mas que afecta muito das nossas atitudes e consequentemente, os nossos relacionamentos: a atitude do  “Eu sou assim”.

É das posturas mais preguiçosas que se pode ter perante a vida porque justifica o não ter que fazer nenhum ajuste, não deixa lugar para qualquer crescimento pessoal  de alma, de personalidade. de atitude.

Porque se assume que se é “assim”. E portanto não há lugar para  crescimento pessoal positivo, de maneira que “Eu sou assim” e portanto “aturem-me”.

Isso não é ser autêntico (a): isso é ser preguiçoso(a).

Além disso: é tudo uma questão de neuroplasticidade.

1. Neuroplasticidade para leigos

Até há bem pouco tempo acreditava-se que, chegada a idade adulta a pessoas eram o que eram, o que estava aprendido estava  e a coisas eram  que eram: “burro velho não aprende línguas”. E tudo passava e continuava a ser como sempre foi.

Hoje sabe-se que a neuroplasticidade do cérebro não acontece somente na fase de desenvolvimento de infante a adulto, mas sempre que se aprende algo de novo e se pratica essa nova aprendizagem: formam-se novas redes neurais.

Resumindo,  a neuraplasticidade é a capacidade que o sistema nervoso tem de se alterar, fazendo a restauração  cerebral, fazendo novos mapas de circuitos neurais  e tudo isto para  se adaptar a um novo estímulo.

Ou seja o sistema nervoso promove alterações biológicas bioquímicas, fisiológicas e morfológicas das células nervosas: tudo isto com o  objectivo de se  adaptar a um estímulo novo.

Isto quer dizer o quê?

Preguiça - Cria novos hábitos

2. Significa que aquela característica em ti que até a ti te irrita…

Aquela caracteristica que tens, que até a ti te irrita?

Aquela atitude que já chegaste á conclusão que só te arranja problemas todos os dias, que é um atalho de hábito/reacção e representa  um obstáculo para seres quem tu queres ser, para atingires um qualquer objectivo?

O que quer que seja que queres em ti: é passível de ser moldado, reaprendido, graças á neuroplasticidade nervosa.

E agora que sabes o que sabes (da neuraplasticidade): o que é que achas que precisas de reaprender (criar uma nova rede de neurónios) que te ajude a ser quem queres ser?

Fazer um balanço do ano pode ajudar a identificar o desafio.

Aceitares e amares quem és hoje é fundamental.

Sentes-te mal na tua pele? Não vale a pena fugir do passado: tens que ser dono do teu passado. Para poderes crescer a partir daí.

Sentes-te bem na tua pele? Óptimo.

Mas em qualquer dos casos, não precisas de ficar por aí, estanque: há sempre espaço para crescer e tornares na versão 10 ponto”n” de ti mesmo.

3. Faz um balanço do ano que estás a finalizar…

Faz um balanço do ano que está a finalizar.

Sense-te realizado(a) ou frustrado(a)? Ou as duas coisas? De certeza que não foi tudo mau. Houve coisas boas de certeza: agarra essa sensação.

E depois usa-a como combustível naquilo que não correu conforme o previsto, nos objectivos que definiste e que de alguma forma, não se concretizaram.

Desistir do objectivo ou usar uma nova estratégia?

Só tu sabes a importância que tem  o teu objectivo para ti: não para o teu meio social, a tua família ou os teus amigos das redes sociais. Importante para ti.

Nem tudo depende só de ti, mas nas coisas que dependem: aí é que mora o teu verdadeiro poder.

  • Foste demasiado impulsivo em determinadas situações?
  • Procrastinaste algumas mudanças de rotina/habitos/vida?
  • O medo paralizou-te?
  • Tiveste dificuldade em controlar a o temperamento?
  • Ficaste a ruminar em alguma mágoas antigas?
  • Ficaste a ruminar em assuntos que deverias ter encerrado, mas faltou-te a “acção do passo seguinte”?
  • Paralizaste perante o excesso de oferta?
  • Aceitaste coisas que não te serviam o propósito?
  • Tiveste receio de falar em público e evitaste algumas oportunidades?
  • Há problemas no passado que te assombram e te impedem de confiar nas pessoas (achas que toda a gente te vai trair a confiança em algum ponto do caminho)?

Isso são só exemplos de situações em que podemos ser o nosso próprio obstáculo.

Claro que os contextos podem ser ou não favoráveis: mas  a variante que  tens mais hipótese de controlar, são as que dependem de ti.

Deu para ver o paralelo?  O objectivo é fazer essa análise, não para te frustrares, mas para identificares quais são as áreas que precisas de trabalhar em ti, para usar da neuroplasticidade a teu favor e concretizares os teus objectivos.

4. Deixa de lado aquela preguiça do “Eu sou assim”

Talvez seja altura de deixar  de lado aquela preguiça do “Eu sou mesmo assim”, porque cada passo que dás para aprender, empreender em algo novo: tens o teu sistema nervoso prontinho para trabalhar para ti.

Basta que exercites o que quer que seja de novo, para passar de novo hábito a hábito intrínseco: e passar a ser a tua nova forma de ser ou estar.

Ao nível subconsciente.

Tal como aprendeste a conduzir um carro, ou  usar a escova de dentes com a mão esquerda (se fores dextro).

Aprender. Fazer . Repetir.

Treinar.  Até se tornar um hábito do subconsciente.

E és tu quem decide.

E não um qualquer meio social ou a mãe e o pai lá no passado remoto quando eram eles que determinamvam o que é que tu deverias aprender.

Pões essa preguiça de lado porque tens todo um sistema nervoso (e ajuda profissional  da área tens em vista) que te pode apoiar na mudança que queres empreender.

Getting Better Every Day

Neuroplastic Hugs

From Body&Soul!

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"In nature, nothing is lost, nothing is created, everything is transformed"

Antoine Lavoisier, 1789

The Law of the Conservation of Mass

Author Eunice Veloso

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