Encruzilhadas, decisões difíceis

Encruzilhadas Na Vida: Tomar Decisões Difíceis

Existem aquelas encruzilhadas na vida, quando tens que tomar decisões difíceis.

Esses momentos na vida em que simplesmente sabes, o tanto de importante que eles são: porque vão determinar o próximo ciclo da tua vida.

E todos nós queremos que o próximo “round” da vida seja incrível…

Pesa e pode parecer avassalador, não é? Esse peso de responsabilidade sobre o nosso futuro.

Por outro lado, assumir a responsabilidade pelas nossas decisões, como adultos: é melhor do que passar essa enorme responsabilidade nas mãos de outra pessoa.

1. As encruzilhadas na vida: a atitude mental dita muita coisa

Estamos constantemente a fazer escolhas, até mesmo quando parece que não estamos a escolher nada, isso há de levar a algum lugar. Continua a ser uma escolha que foi feita (de forma passiva).

As pequenas decisões diárias (quando estamos a  aprender algo novo ou a tentar adquirir um novo hábito) importam mais a longo prazo: por ação composta, você conseguimos grandes mudanças.

São pequenas decisões, ações intencionais que levam a mudanças de vida: grandes e sustentáveis ​​.

Mas essas encruzilhadas… Elas carregam um peso diferente: só sabemos que há uma escolha a fazer e que terá grande impacto na nossa trajetória de vida…

E a vida não é como rolar os dados. Com os dados existem 6 resultados possíveis (por dado).

Os resultados possíveis na vida são infinitos. Algumas variáveis ​​podem ser controladas, outras não.

O que faz a diferença? A atitude mental.

  • A atitude mental em que estamos quando tomamos a decisão.
  • A atitude mental com que navegamos as ondas e experiências de vida.
  • A atitude mental com que enfrentamos os contratempos.
  • A atitude mental com que encaramos as nossa vitórias. Pequenas ou grandes.

1.1. Mas como? "Atitude Mental? Isso para dizer o quê?”

Atitude mental no sentido de posicionamento mental.

Vamos especificar a coisa, com exemplos.

  • Decidir a partir de um lugar de medo ou ansiedade.
  • Decidir de um lugar uma vingança
  • Decidir a partir de uma ausência de ser, onde nós nem sequer nos consideramos no cenário.
  • Decidir a partir de um lugar de desespero.

É possível que haja mais posicionamentos mentais indesejáveis, para tomar decisões, quando numa bifurcação: esses são os mais óbvios.

# Decidir a partir de um lugar de medo

Ter medo é normal: significa que estamos conscientes e a considerar de quaisquer riscos que possam existir: isso torna-nos mais capazes de fazer escolhas responsáveis.

Ter medo do desconhecido também é um dos maiores medos que alguém enfrenta. Mas tem isto em mente:

“Não permitas que o medo do desconhecido te mantenha preso a uma situação desfavorável. Faz com que o teu acreditar seja maior que o teu medo”

~ Patti Fagan

# Decidir a partir de um sentimento de vingança

Decidir com base em vingança?

Bem: se fizeres isso, estás a tomar a decisão de permanecer aprisionado  a uma determinada situação ou pessoa, que acreditas que te causou danos.

E enquanto estiveres a alimentar esses sentimentos de vingança: isso vai te consumir e vais continuar ligado "aquilo".

Justiça é outra coisa. Vingança? Nada que tenha vida ou que seja frutífero sai daí.

# Decidindo a partir de uma posição de ausência

Decidir a partir de um lugar de ausência parece um contra-senso, mas é muito frequente.

Acontece quando tomamos decisões e nos negligenciamos completamente: os nossos objetivos, os nossos desejos mais profundos, nossas necessidades pessoais.

E apenas consideramos a perspectivas e quereres dos outros.

Até quando tomamos decisões baseadas no ego, podemos estar ausentes de nós mesmos.

O ego não é necessariamente uma coisa ruim: desde que não seja apenas a projeção de uma imagem. Se não é apenas uma identidade criada para “mostrar” aos outros. Se está de alguma forma alinhado com quem nós realmente somos.

Se o ego for apenas uma imagem projetada para o exterior e se tomarmos decisões para sustentar esse ego: isso também é ausência. Pode até ser uma forma não tão óbvia de praticar o auto-abandono, de não estarmos comprometidos connosco mesmos, mas com os outros.

# Decidindo a partir de um lugar de desespero

Uma coisa é ser realista com os fatos a que temos acesso. Há que aceitar os factos.

Outra coisa é não ter esperança.

Emoções elevadas, como a esperança, colocam a mente num lugar melhor para tomar decisões. Especialmente quando estamos perante situações em que o desconhecido tem uma forte presença na equação.

Se estivermos à espera do pior: o pior há apanhar-nos algures no caminho.

Se estivermos à espera do melhor: o imprevisível surpreende-nos com coisas fantásticas.

Lembra-te sempre de que és co-criador da tua vida.

Algumas variáveis ​​estão fora de teu controle – ações, pensamentos e atitudes de outras pessoas.

Mas os teus sonhos, tua visão, os passos que  dás na direcção disso: dependem inteiramente de ti.

Se nada mais houver: há que acreditar em ti. E jamais desistir de ti mesmo.

2. O que há a considerar na tomada de decisões difíceis

Todos nós já passamos por isso: ter que tomar decisões difíceis.

Às vezes temos tudo planeado e não dá certo.

Às vezes, o resultado é ainda melhor do que havíamos previsto.

Mas uma coisa é certa, decidir sobre uma situação sobre o mundo material, ou relacionado à profissão, não é o mesmo que decidir sobre assuntos do coração.

Encuzilhadas, decisões difíceis

Outra coisa é certa: envolve sempre as pessoas. Mesmo que estejas a escolher que camisa usar: tu estás envolvido no processo e tu és uma pessoa.

Assumindo que você não és um clone nem um robô: ao tomar uma decisão, leva em consideração todo o teu corpo, porque, como todos sabemos agora, o teu corpo processa as tuas experiências emocionais. Todos elas.

Então, independentemente de tua decisão ter sido tomada através mente racional, considerando ou não, o emocional: se resultar em fortes emoções (estresse pode ser um exemplo): o teu corpo vai sentir.

Talvez armazenes  a emoção por muito tempo ou não: tudo depende de como tratas/transformas/processas a emoção.

Leva as tuas decisões a um outro nível: faz uma integração do todo que és.

Esta citação  é preciosa:

“Usa a cabeça para tomar as decisões pequenas e o coração para tomar as decisões grandes.”

~Emily Keith

2.1 Decisões do mundo material

Se são objetivos e/ou relacionados ao trabalho, em que haja decisões desafiantes a  tomar:

# Pesquisa e recolhe informações sobre o assunto.

É claro que há sempre informações falsas nestes dias da informação. Faz uma filtragem,  para que a decisão seja bem sustentada.

# Pega num papel e caneta e toma notas.

Escrever vai ajudar-te organizar as informações no cérebro: analisando os prós e os contras de forma objectiva.

Para todas as opções possíveis que possas ter, pergunta-te se isso serve o teu propósito.

Se não dá resposta ao teu objetivo, seja qual for: essa opção é um desperdício de tempo, energia e recursos. Mas o propósito deve estar claro na tua mente. O teu propósito, pode ser um objetivo profissional ou um propósito da corporação da qual fazes parte.

# A perspectiva de decisão está alinhada com os teus valores?

E esta não é uma pergunta pequena. Faz toda a diferença quando se enfrenta desafios mais à frente no caminho – e há sempre desafios.

Se, o que decidires, estiver alinhado com os teus valores: vai valer a pena. Não vais sentir que estás a remar contra a maré, ou a lutar com conflitos internos ou a sentir que te estás a atraiçoar. Porque todos os teus esforços têm um significado, eles servem um propósito que tu abraçaste.

# A decisão ajuda-te a crescer?

Quando se fala em crescimento num plano material, pode ser dinheiro, competências ou influência. O objetivo deve ser sempre o crescimento, tanto profissional quanto pessoal.

Estar encravado é a morte, mesmo que ainda respires. A estagnação suga-te a força vital. E é aí que a profissão e a espiritualidade cruzam os caminhos:  também estão entrelaçadas.

2.2 Decisões do coração

Nesta domínio pode ser um bocado nebuloso. Porque às vezes a lógica pura e o sistema límbico podem entrar em conflito, mas continuam a ser útil questionar o seguinte:

#As situações estão alinhadas com os teus propósitos pessoais?

Foi mencionado acima e também pode ser usado neste caso.

# A situação está alinhada com os teus valores?

Foi mencionado anteriormente também pode ser usado neste caso

# Por quem estás a fazer isto?

Isto é crucial e crítico. Quaisquer decisões que tomes na tua vida afetam diretamente as pessoas que amas: parentes, amigos.

Aqueles que importam. E não dá para ignorá-los: é preciso levá-los em consideração.Se eles se sentem infelizes e tu tem-lhes amor: não te vais sentir bem contigo próprio(a).

Por outro lado, se estás infeliz e eles realmente te amam: eles também não se sentirão felizes com a tua infelicidade.

É por isso que é importante chegar a um consenso. Mas o consenso não pode ser feito à custa da tua própria felicidade.

É preciso que te lembres que és o centro do teu universo. E os outros devem ser o centro de seu próprio universo.

A felicidade comum (ou a infelicidade) mora onde as vidas se cruzam.

Então, quando tens que tomar uma decisão que afeta os outros ao teu redor, deves sempre priorizar-te.

Não de forma superficial, egoísta ou infantil. De um lugar de amor: amor por ti mesmo, amor pelos outros.

Mas não é tão fácil como quando falado: nem toda a gente se vai sentir feliz com as tuas escolhas.

É preciso maturidade emocional para aceitar esse facto e ficar de bem com isso. Lembra-te que pessoas infelizes e frustradas não trazem felicidade a ninguém.

E a tua felicidade importa. Tu és importante. E quando se ama alguém: damos-lhe liberdade. Senão amamos: é libertá-los na mesma. Vale para os dois sentidos.

3. Não há como saber como teria sido, se tivesses escolhido outra situação: fica em paz com isso

É sempre possível voltar aos lugares. Eles simplesmente estão lá.

Mas não se pode voltar a uma determinada conjuntura de tempo, pessoas e contexto. É isso que torna algumas decisões difíceis de tomar.

Depois de tomar uma decisão: não há como saber como teria sido se tivesses escolhido essa outra possibilidade. Não há como voltar a essa mesma conjunção de tempo, pessoas e contexto.

Não há como saber como teriam sido as outras possibilidades, no mesmo contexto que deixaste para trás.

Vais ter que criar uma nova conjunção de tempo, pessoas e contexto. Mas essa será outra decisão totalmente nova e igualmente difícil.

Assim deves estar bem com isso. Tens que fazer as pazes com esse facto. Por esse motivo é importante teres os teus valores a apoiar-te nas grandes e difíceis decisões: evita arrependimentos.

4. Não há respostas fáceis, mas há uma maneira mais fácil

Vamos supor que tenhas feito todo o trabalho racional (se for uma decisão material), acreditas que estás a fazer coisas pela razão certa e pensar no teu bem maior.

Mas... ainda assim... Tens dúvidas. Há algum medo, algo que te impede.

A resposta pode estar no silêncio. Muito barulho na mente. Durante o dia: barulho na mente. Na hora de ir para a cama: barulho na mente.

Vais  encontrar auto-confiança no silêncio. Como você fazes isso?

  • Fecha os olhos
  • Concentra-te na tua respiração: faz várias respirações longas (inspire em 4 tempos, retem o ar em 4 tempos, expira em 4 tempos), até ficares com uma frequência cardíaca baixa.
  • E ouve o teu coração. Literalmente: ouve as batidas do teu coração.

A fazer apenas isso: tira-te desse lugar de ruído mental.

E quando estiveres a ouvir o teu coração a bater, em baixa frequência: vais encontrar aquela paz. Nessa paz vais encontrar a resposta certa: a resposta que estás à procura. É uma espécie de meditação.

Getting Better Every Day

Supporting Hugs

From Body&Soul!

Hey! I'm Eunice Veloso and you'll find more about me on my About Page

"In nature, nothing is lost, nothing is created, everything is transformed"

Antoine Lavoisier, 1789

The Law of the Conservation of Mass

Author Eunice Veloso

Songs Mentioned In This Blog Post:

About The Author

Leave a Comment

Scroll to Top