Transmutar a tua energia. Na verdade é isso que teu corpo sabe fazer melhor e faz isso a tempo inteiro: quando comemos transmutamos a energia contida nos alimentos em energia para o suporte de vida. O mesmo acontece quando inspiramos ar nos pulmões: a energia contida nas moléculas do ar transmutam-se nos nossos pulmões, nas nossas células sanguíneas… em força vital.
Isso acontece automaticamente sem que sequer te dês conta: só sabes que estás biologicamente vivo.
Transmutamos energia quando nos exercitamos, quando criamos, quando nos empenhamos em atividades criativas: isso também é transmutar energia.
E também transmutamos energia no aspecto emocional.
Quando ouvimos a expressão “transmutação de energia” quase soa como magia, coisa de bruxos, quando, na verdade, é um processo natural da vida e de qualquer tipo de progresso ou evolução.
Quando olhamos para fora temos um exemplo: a força da água caindo em uma represa é transformada em eletricidade”. E a Lei de Lavoiser (Lei da Conservação da Matéria) é revisitada a todo momento:
“Na natureza nada se ganha, nada se perde, tudo se transforma.”
Do ponto de vista interior: podemos transmutar energia intencionalmente.
Especialmente se a intenção é transformar emoções pesadas, eventualmente traumatizantes, noutras emoções que não nos comem vivos por dentro, mas que sejam uma base sólida que ajuda a construir força interior: isso é energia transmutadora.
Por outro lado, energia parada é como água estagnada: é um bom ambiente para proliferação de doenças. E isso também é criação. Uma criação destrutiva, a longo prazo. Mas ainda uma criação.
Transmutar energia é converter a energia que existe dentro de ti e manifestá-la numa forma material.
1. Como usar os teus recursos para transmutar energia
Existem muitas maneiras de transmutar a energia.
Como foi dito acima, transmutar energia é mudar de um estado emocional para outro estado. Nem sempre é fácil. Mas há muitas maneiras de fazer isso.
Emoção é energia em movimento. E é muito fácil ficar com emoções presas no corpo. E é preciso liberar essas energias.
Por isso é útil transmutá-las conscientemente.
Se tivermos emoções de baixa vibração e o corpo se autogovernar (o que acontece quando fazemos ações automatizadas como dirigir, escovar os dentes, etc.), tudo o que ele fará é enviar informações para o cérebro para reforçar esse mesmo caminho de neurónios com mais pensamentos e emoções do mesmo tipo: num loop de caminhos repetidos de neurônios que cria as mesmas emoções com base nos mesmos tipos de memórias.
É um inferno contínuo se as emoções inferiores são as que governam. A mente e o corpo vão trabalhar em conjunto para confirmar ainda mais dessas emoções.
É por isso que é importante transmutar a energia: vais estar a ensinar o teu corpo a processar as emoções de uma forma – uma via neuronal diferente dos neurônios – de sentir as tuas emoções e pensamentos de uma forma que seja mais benéfica para você.
# Como é que podes fazer isso? Pela criação e pela troca, é a maneira mais fácil
Podes transmutar energia pela criação de arte, quer seja artes plásticas, escrita (journaling, escrita criativa) ou um qualquer hobby onde possas usar as tuas mãos.
Podes transmutar energia pelo movimento do corpo, seja através de exercícios, dança, tai-chi qui gong… É só usar a imaginação.
Também pode transmutar energia pela troca de energia com a natureza: e isso está mais ou menos ao alcance de todos.
Fazer jardinagem, cuidar das tuas plantas ou o simples ato de respirar ar puro entre o verde ou à beira-mar: é uma limpeza mental e um acto de transmutação de energia.
Se gostas de animais: também assim é eficaz a transmutação da energia.
Se tiveres o hábito de andar descalço na praia, estas a descarregar algumas emoções aprisionadas no corpo e a soltá-las para a terra absorver.
.Essas são as formas mais óbvias de criar e trocar. Ainda é mais poderoso quando se faz intencionalmente.
Consciente de que estás a liberar quaisquer emoções que possam estar a perturbar a tua paz.
2. Você também pode treinar como os Cães de Pavlov, de forma positiva, para interromper o padrão de pensamento
Tens que te conhecer bem.
Se às vezes lutas com pensamentos negativos que se acumulam um em cima do outro, como um juro composto e quando te apercebes: estás num buraco de humor depressivo ou com uma ansiedade galopante no peito.
Antes de poder transmutar qualquer energia, você precisa saber de onde é que ela vem.
E sabendo de onde vem (a fonte primária, o “pecado original”), podes agir antes que se torne tão pesado que só te apeteça desaparecer na cama ou se afogares-te no álcool. Ou em qualquer outro vício (compras, comida, sexo, pornografia ou apenas ser compulsivo em qualquer coisa) que encaixaste como forma de lidar com os sentimentos insuportáveis. Tens que descobrir onde está epicentro.
Feito isso, fica mais fácil criar um gatilho para interromper o padrão negativo.
Tens que criar um gatilho especial. Pode ser uma palavra. Pode ser uma música que ouves e sabes que instantaneamente te coloca numa boa vibe.
Recria um gatilho tipo Pavlov-dog para interromper esse padrão de pensamento negativo e que te coloca num estado de espírito melhor. Salivando por aquele bom bife que ainda não está lá. Mas crias emoções corporais positivas que sabes que aumentam o teu entusiasmo, a tua energia vital, em vez de apenas te afogares numa espiral negativa.
# A experiência dos cães de Pavlov
Já ouviste falar da experiência dos cães de Pavlov? É uma espécie de provocação de pensamento.
Provocas um pensamento, segue-se uma ação que apoia esses pensamentos e crias novas emoções (físicas) associadas a esse pensamento.
Os cães da experiência canina de Pavlov foram treinados para salivar apenas ouvindo sinos. Pavlov criou o hábito de mostrar a comida, tocar uma campainha e depois alimentar os cachorros. Após várias repetições do “treino” os cachorros salivavam só de ouvir aqueles sinos, sem sequer verem o bife.
Claro que não somos cachorros: mas é assim que reagimos ao trauma. Ao som de um sino/gatilho, reagimos com um comportamento aprendido/ salivamos mesmo sem ver a carne.
Ainda que não estejamos perante o mesmo contexto do trauma: basta um gatilho que nos faça lembrar.
Bem, podes treinar-te como um cão Pavlov, para interromper algum padrão de pensamento negativo ou até mesmo ter motivação para algo que realmente desejas fazer e manter o foco.
Basta criar um gatilho suficiente significativo para ti.
E para criar esse gatilho basta repetir esse hábito, conscientemente, como uma rotina, até conseguires o hábito que desejas obter.
Neste caso, seria associar uma palavra ou uma música a uma boa emoção: e usá-la quando perceberes que “sentes que se está a aproximar”: início da depressão, ansiedade, raiva, etc. que te arrasta para baixo e te deixa você sem energia.
Uma espécie de slogan pessoal, de palavra de ordem. Os militares usam, os desportistas usam, os publicitários usam. Para reprogramares a tua mente. Podes usá-lo para te auto-programares.
3. Como transmutar energia associada a más experiências de vida
Como foi dito antes: todos nós transmutamos energia. Algumas pessoas transmutam em ressentimento, ódio e raiva.
Mas isso não é necessariamente construtivo. Não é um bom lugar para cultivar coisas boas. Porque colocas muita energia para te sentires ressentido ou a odiar algo que está fora de ti: uma pessoa, um ideal, uma marca.
É melhor transmutares essa energia e usá-la nos teus próprios objetivos, para construíres as tuas coisas.
Alguns traumas são um fardo muito pesado para liberá-los sozinho: podes considerar a hipótese de arranjar aconselhamento, ajuda profissional, terapia psicológica. É um acto de bravura que fazes para ajudar a ti mesmo.
Mas existe o jeito FVC (faça você mesmo).
E o FVC é isto: honra o teu caminho. Más experiências de vida podem ser degraus para chegares aonde queres ir.
Sim houve dor, sim houve sofrimento. Honra isso. Como? Construindo uma visão que te deixa orgulhoso(a) de ti mesmo: e tomar decisões para agir em direção a essa visão.
Não gostas da tua vida tal como se encontra? Não é o fim da linha: não acaba até que chegue o fim.
Podes ter algumas coisas no passado que não te deixam orgulhoso(a). Erros e arrependimentos passados. Descobre qual foi o ponto de viragem, aquela decisão que tomaste que te levou a um lugar não muito bom na vida.
Tomaste decisões baseadas no medo? Decidiste sob o efeito da ira? Tomaste resoluções movido pela ganância? Decidiste com base em coisas superficiais que só serviam para consolidar uma imagem construída, mas não movido por um objetivo mais consistente?
É aí que te deves focar a tua atenção, para ultrapassar esse medo, dominar essa raiva, controlar a ganância, pôr rédeas no ego. Para tomar melhores decisões hoje, que te vão levar à tua Visão. Aquela que te vai deixar orgulhoso(a) de ti mesmo. Realizado(a) como ser humano.
E quando abordas as coisas que dependem de ti – não do comportamento de outras pessoas ou do que elas pensam – aí estás a fazer um trabalho real para melhorar.
E ficas em condições de tomar melhores decisões para melhorar o teu bem-estar geral. Relacionado a dinheiro e relacionado a pessoas.
E as más experiências do passado tornam-se degraus.
Essas experiências serviram para aprenderes coisas que te vão ajudar a ir para onde queres ir e efectivamente saberes apreciar o que alcançares.
Apreciar não é apenas quando você chegares lá: mas a partir do momento em que crias a imagem. Isso dá-te a energia certa a partir do momento presente.
Em vez de te afogares em culpa, vergonha, ressentimento ou ódio: concentra-te em ti, no que podes melhorar e honra o teu caminho.
Provaste do amargo para poderes saber apreciar o doce.
4. Nunca te contentes com menos
Lembra-te que a água estagnada cria um habitat perfeito para a proliferação de doenças.
Assim como a energia.
Contentares-te com menos não é apenas sobre o ambiente externo: é também sobre o que espera de ti mesmo.
Acostumares-te e contentares-te com os teus próprios defeitos e ou crenças limitantes: isso é contentares-te com menos.
Quanto ao conceito de “Tu és suficiente” que é difundido, isso não significa que não há espaço para auto-crescimento ou melhorias: significa que dentro de ti existe tudo o que precisas para criar o que quer que seja que consigas imaginar.
Mas é preciso que haja uma vontade, um querer. E é esse desejo que vai criar aquela energia mental que vai alimentar a tuas ações e atitudes para alcançar um qualquer objetivo que tu QUEIRAS alcançar.
Querer cria a mentalidade. Acreditar em ti mesmo faz com ajas e tomes decisões em concordância com o teu querer.
Getting Better Every Day
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"In nature, nothing is lost, nothing is created, everything is transformed"
Antoine Lavoisier, 1789
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