Sim, leste bem: destruição, não uma distração. E pode ser linda, bela mesmo. Se souberes abraçar a mudança. Tal como a lava vulcânica. Contanto que a vejas como se fosse um solo devastado pela lava: torna-se ainda mais fértil após a erupção.
Se o solo fores tu ou qualquer um de nós: o processo pode ser transformador pela positiva, tornando-te mais forte, mais resiliente e mais criativo(a) na busca de soluções.
Após uma erupção de um vulcão, os anos que se seguem são de maior colheita, pois os depósitos vulcânicos são fertilizantes naturais.
Não é sobre geologia aqui: mas sobre as vidas humanas. A vida de qualquer um de nós.
Há momentos, períodos, fases que mais parecem como se um vulcão tivesse entrado em erupção para destruir tudo o que construímos, inclusive muitos pilares, conceitos de vida (e pré-conceitos) que tínhamos antes da “lava vulcânica”.
Pode representar um novo começo, se tomarmos os “nutrientes da lava” como uma metáfora que neste caso representam as lições de vida que uma destruição, bela, traz consigo.
E a destruição só é bonita se estivermos focados no agora, mas a olhar para frente, no que queremos construir, ao invés de lamentar o que se destruiu e não existe mais.
A dor da destruição
A destruição é dolorosa. Dói mesmo.
E convenhamos: muitas vezes a destruição é apenas destruição. Não há nada de belo nisso.
E percebemos que a destruição foi só isso quando tudo o que resta é o pior de nós mesmos: amargura, ressentimento, ciúme, sentimentos de vingança. Todos nós passamos por essas fases, por esses sentimentos: e temos que processá-los.
Mas depois é preciso levá-los para o próximo nível. Que em teoria não deverá ser de mais amargura, mais ressentimento, mais ciúme nem mais vingança.
Se nos ficarmos por aí, a destruição é apenas isso: feia, um deserto de desesperança e dor que nunca mais termina.
O que se espera é que a destruição se transforme numa coisa bonita.
Quando a destruição se torna uma bela destruição
Todos nós passamos a nossa quota de dor. Lembras-te, com certeza daquelas fases que mudaram tudo na tua vida: e nada voltou a ser como era?
Todos nós temos essas mudanças de vida. E às vezes, quando pensamos que já resolvemos tudo, e que a vida não nos tornar a apanhar desprevenidos …
E quando nos damos conta: acontece mais do mesmo. Banho de água fria que nos deixa congelados, perplexos.
Esses são momentos-chave em que realmente temos que mergulhar fundo no nosso sistema de crenças, nos nossos processos de decisão: e reorganizar algo, reformular, questionar algumas de nossas crenças que nos colocaram naquele mesmo lugar desesperante na vida.
Quando temos os momentos “dejá vu” é pior.
Não é um “dejá vu” mágico. É mais como um “dejá vu” pesadelo.
Isso porque alguma lição de vida não foi aprendida. Há alguma mudança que precisa acontecer. E é no teu coração, é na gestão das tuas emoções, é no teu antigo circuito nervoso que te leva a tomar decisões que te levam aos mesmos velhos lugares, colocam-te em velhas situações.
E enquanto permanece a lição de vida por aprender: destruição é apenas destruição. E é devastadora.
Torna-se numa destruição bela, quando aprendemos a lição de vida e transformamos m*rda em ouro: e trazemos à tona uma ou mais das nossas melhores qualidades.
Não é necessariamente fácil, podemos não entender á primeira, qual é a lição de vida que precisa ser aprendida.
Certamente que apela à mudança, e pode não ser uma mudança aparente: pode dar trabalho. Trabalho diário para ver os resultados.
Às vezes, tudo o que precisamos é dizer “Não” a determinados padrões, quando os reconhecemos. E então é quando a destruição perde sua fealdade e se torna bela.
Porque foi essa destruição que representou o solo fértil para que algo diferente surgisse. Algo melhor, alguma mudança positiva dentro de ti.
Abraça a mudança – porque é aí que mora a beleza
Temos a tendência de enfrentar os “momentos de lava” em nossas vidas e atribuir a culpa aos outros.
É verdade: na maioria das vezes, os “outros” desempenham um papel importante nesses momentos de destruição.
Mas temos que estar cientes de que essas pessoas também têm suas próprias lições de vida. Eles atuam como vilões nas nossas vidas: mas eles têm seus próprios vilões pessoais.
Estamos todos a passar pelo mesmo: a viver a vida como uma experiência.
É preciso muita arrogância com a vida para pensar que nos podemos passar por “aquele que vai te dar uma lição de vida” e dependendo da intenção por trás: vem com um prêmio ou um preço. O Karma é real.
E somos todos uma espécie de transportadores de lições de vida: podem ser lições agradáveis ou duras.
Muita lições de vida são consequência de escolhas nossas: outras são-nos servidos à nossa mesa sem termos pedido e temos que lidar com a limpeza da mesa (as consequências) de qualquer maneira.
Não dá para contra-atacar a onda de mudança que a “lava” traz para a tua vida: vais ter que e abraçar a mudança, não ir contra ela. É como a lava.
Mas o personagem principal da tua vida és tu: e cabe-te a ti fazer uma peça de arte com o bocado de barro que a vida joga nas tuas mãos: e moldá-lo.
O futuro parece incerto? Confia no desconhecido.
Sim, parece um filme de terror se formos o tipo de pessoa que precisa ter tudo planejado, mas a vida às vezes não oferece outra escolha.
Qual é o teu (pelo menos um) poder? A tua visão do futuro. E se for baseada nos teus chamamentos de alma, aquelas mais autênticas: isso vai dar-te energia para percorrer um longo, longo caminho.
A tua visão de futuro vai evitar que fiques “encalhado” a olhar para o passado, preso ao que se perdeu.
Se de alguma forma acreditas que não tinhas como ter controlo sobre a destruição - o momento da lava, que aconteceu, certamente que tens algum controle sobre o que podes construir para a frente, apesar da incerteza associada às novas fases.
E o que podes construir deve ser baseado numa de visão do futuro.
Sendo assim, se o futuro parece ser incerto: por que hás-de sonhar pequeno? Por que é que hás-de ser razoável? Por que não ser um pouco irrealista? Por que não ter visões que te assustam pra c*ralho?
Sim, já usamos esta citação neste espaço do Body&Soul mais de uma vez e é reivindicada por muitos autores, mas aqui vai novamente:
“Se seus sonhos não te assustam, é porque não são suficientemente grandes”
~Ellen Johnson Sirleaf
E quanto maior o sonho, mais longe vais chegar.
Chegas sempre mais longe tendo um sonho do que não tendo nenhum.
E quanto mais os sonhos estiverem conectados ao desejo da tua alma, mais energia terás disponível para seguir em frente, perseguir e viver o sonho. Nem um exército das sete nações te vai conseguir travar.
Só precisas de gerir, ter a cabeça nas nuvens e os pés assentes no chão. E equilibrar o andamento.
Getting Better Every Day
Healing Hugs
From Body&Soul!
Referências e Blogues Relacionados:
https://bodyandsoulbizz.co.uk/embrace-change-because-thats-where-personal-growth-happens/
Beautiful Disruption Explained by Vishen Lakhiani
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"In nature, nothing is lost, nothing is created, everything is transformed"
Antoine Lavoisier, 1789
The Law of the Conservation of Mass