equal give take

Há Equilíbrio no Dar e Receber ou Estás a Alimentar Algo Que Não Te Sacia?

Relacionamentos. Onde estás nos teus?

São baseados em equilíbrio no dar e receber ou estás apenas a alimentar coisas que não te saciam? Ou será ao contrário? Se não houver equilíbrio: é uma situação de exploração. Exploração material ou pessoal.

Vamos encarar a realidade: o amor pode ser incondicional, mas os relacionamentos não são.

Além disso, não se trata apenas de relacionamentos amorosos: dar e receber em equilíbrio é aplicável aos relacionamentos com ou no trabalho.

Os teus relacionamentos estão a ajudar-te a alcançar os teus objetivos? E tu, será que estás a apoiar as pessoas dos teus relacionamentos a atingirem os seus objectivos?

O ideal é ter um dar e receber em equilíbrio. E há muitas coisas que nem sempre são tangíveis.

Então, como podes saber se há equilíbrio no dar e receber?

A tua bússola vai ser a tua definição pessoal do que é justo e o que tu acreditas que mereces.

A tua definição do que é justo

Como podes saber se estás a investir demasiado num relacionamento em que não há equilíbrio no dar e receber?

Vejamos o seguinte:  no trabalho há uma remuneração que é dada em troca das tuas horas de trabalho /projectos.

Mas mesmo aí, a situação pode estar desequilibrada:  pode acontecer que não vejas o teu trabalho devidamente reconhecido.

Podes estar a ajudar a tua empresa a atingir os seus objectivos e a empresa, ou quem a representa, está pouco interessada nos teus objectivos dentro da empresa.

Nas relações pessoais, sejam elas amizades ou relações amorosas: a “contabilidade” é mais difícil, porque só podemos ver no longo prazo, se há equilíbrio ou não.

 

Porque o que está em “avaliação” não é uma remuneração, mas sim coisas que na maior parte das vezes, não são tangíveis: é o tempo de qualidade dedicado ao outro, é o respeito, é a consideração, são as pequenas atenções, o interesse real nos sentimentos e estados emocionais do outro, são as contribuições práticas para o dia-a-dia da relação.

Porque momentos há em que um precisa de mais atenção do que o outro, mas ambos têm que contribuir para o equilíbrio da relação: mesmo que não seja exactamente da mesma forma.

O que tu acreditas que mereces

No fundo é uma questão de amor-próprio, da percepção que tens de ti mesmo e do que achas que mereces.

Se achas que mereces amor: é isso que vais procurar (e encontrar).

Se achas que mereces ser explorado, material ou emocionalmente: é isso que vais aceitar, porque é isso que sentes/acreditas que mereces.

Tem tudo a ver com o valor que achas tens: a tua auto-percepção.

E podes mudar a percepção que tens de ti mesmo(a).

Atenção que também pode acontecer o contrário: pode que não saibas receber. Pode ser que não aceites que te ajudem , porque estás habituado(a)  a ser tu o(a) dador(a): e sobrecarregas-te com o peso todo do relacionamento.

Só sabes dar: não sabes receber. Seja presentes, seja afecto, seja ajuda, seja reconhecimento: não sabes receber.

E neste caso também há desiquilíbrio no dar e receber.

3. Estás numa ratoeira de relacionamento(s) tóxico(s)? Não entres numa de culpar apenas os outros: a pessoa a quem te deves dirigir é a ti própio(a)

Relacionamentos saudáveis ​​não caem do céu: eles são construídos.

Quem disse que não mereces um? Tu mereces: mas tens que trabalhar em ti mesmo para te tornares naquilo que desejas atrair.

Relações tóxicas ou emaranhadas são constituídas pelo seguinte: uma pessoa que alimenta algo /alguém que não te dá retorno equivalente.

É como se tivesses uma ténia gigante no intestino: alimentas-te bem mas continuas anémico.

E é isso que um narcisista vai fazer.

Vai pensar que tu é que não estás a dar o suficiente: um narcisista simplesmente não sabe quando parar, para eles (as)  nada é suficiente.

O parceiro de um narcisista desmantela-se para o(a) tentar agradar: mas nada é suficiente para um narcisista: eles(as) não sabem quando parar o abuso, o sugar da energia: vais ter que ser tu a fazê-lo(a) parar.

Equal give take

Os narcisistas não escolhem  as suas presas de forma aleatória: eles escolhem um dador, uma pessoa generosa.

Alguém generoso (a) a dar energia vital, atenção, dinheiro, juventude, idéias: qualquer coisa que tu tenhas, que eles acham que podem usar para alimentar seu ego.

Raramente é baseado em respeito ou amor. Pode até parecer: mas não é.

Então, se caíste na armadilha de um relacionamento tóxico: não percas tempo a colocar-te no banco da vítima, dizendo “coitado(a) de mim”, o diabo com que me deparei… De pouco ou nada serve.

Em vez disso, faz falta é olhares para ti mesmo e analisar o que te torna tão atraente para uma pessoa narcisista.

E trabalhar nisso – a ajuda de um terapeuta seria o ideal, mas normalmente começa com a definição clara de limites, consciência de ti mesmo, autocontrole, respeito e amor próprio.

E depois, é preciso fazer o corte da fonte de alimentação desse relacionamento tóxico.

São necessários dois para um relacionamento: para começar, para manter, para piorar, para melhorar, para torná-lo tóxico, para torná-lo saudável.

Como reconhecer um relacionamento emaranhado/tóxico

Quando as pessoas estão envolvidas num relacionamento disfuncional, têm dificuldade emperceber o quão desequilibrado ele é.

Também é muito comum que pelo menos uma das partes tenha dependências ou seja narcisista.

Aqui estão os indicadores de uma relação emaranhada ou tóxica:

# 1 Sinal :

O narcisista / viciado  faz crer que ele/ela é a figura central do relacionamento. É tudo sobre suas necessidades, os desejos e demandas. Tudo deves, segundo a sua perspectiva,  estar organizado(a) em torno da sua figura.

# 2 Sinal:

Perda de identidade.

O parceiro tende a perder a noção de si mesmo e pode abdicar da sua própria felicidade para tentar agradar o parceiro exigente.

#3 Sinal:

Esconder sentimentos.

Para evitar discussões, brigas, desabafos ou qualquer reação negativa do parceiro narcisista/viciado, o parceiro se habitua-se a esconder seus próprios sentimentos: evita expressar-se.

# 4 Sinal:

Assumir total responsabilidade pelo relacionamento. A relação é um fardo que uma só pessoa carrega: só uma é responsável pela paz, pelo cuidar e facilitar a vida do outro. É muito frequente que o parceiro se torne o cuidador e aja do como uma figura parental do parceiro narcisista/viciado.

São necessários dois para fazer um relacionamento disfuncional.

Caso tenhas identificado alguns sinais, considera a hipótese de conversar com um terapeuta para te ajudar a sanar de um relacionamento abusivo e recuperares: emocional, mental e fisicamente.

Tem coragem. Aponta para relacionamentos saudáveis

Só porque passaste por marés agitadas, não significa que não mereças ondas melhores.

E essa sensação de auto-valor vem de um lugar apenas: de ti mesmo.

Sim: tu bastas.

E não: não precisas ser perfeito.

Mas há sempre espaço para melhorar: acima de tudo por ti e para ti.

Para evitar andar no ciclo vicioso do mesmo padrão de relações (disfuncionais?).

Trabalha em ti: vais melhorar a qualidade dos relacionamentos que tens e/ou dos que estão por vir.

Em qualquer relacionamento saudável, os envolvidos ora estão  na posição de quem dá o apoio, ora se põe na posição de quem é apoiado.

Como reza o ditado popular português:

Uma mão lava a outra, e as duas lavam a cara.

Aqui estão algumas dicas para melhorar os nossos relacionamentos:

# Aprende a dizer “não”. Inclusive a ti mesmo.

Antes de fazer um favor: pensa. Pensa se podes fazer o favor, se a pessoa é uma usurpadora que apenas se a aproveitar da tua boa-vontade, pensa se a pessoa faria o mesmo por ti. Pensa.

A resposta pode ser um não. Ninguém nunca morreu por ouvir um não: nem adultos, nem crianças.

E também é preciso aprender a dizer não a ti mesmo: e conter teus impulsos de reação, sem analisar.

Respira fundo quando sentires que estás prestes a reagir de uma forma desproporcional.

Respirar fundo não é só uma força de expressão: é levar oxigénio ao cérebro  e dar-lhe condições para funcionar melhor.

# Comunica: diz o que pretendes dizer.

Aprende a comunicar o que pretendes, e a sentires-te seguro(a) de qualquer forma. Confiante que o teu corpo está seguro, confiante de que vais saber lidar com a resposta da outra pessoa.

Comunica. Se alguma atitude feriu os teus sentimentos. Comunica se te importas com a outra pessoa.

Comunica para definir limites. Comunica se não gostares da maneira como estás a ser tratado(a): e age em conformidade.  Com firmeza.

Getting Better Every Day

Feeding Hugs

From Body&Soul!

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"In nature, nothing is lost, nothing is created, everything is transformed"

Antoine Lavoisier, 1789

The Law of the Conservation of Mass

Author Eunice Veloso

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