Entra o ano novo e traz sempre aquele entusiasmo do que é novo. Inevitável.
E inevitável também é que, quando entramos num ano novo, em alguma altura do ano: vamos completar uma idade nova. Será que estás pronto(a) pra nova idade?
Vamos ser objectivos: nada disto é uma preocupação quando se está nos vintes.
Mas quando se passa a barreira dos 30, 40 ou se nasceste antes de 1970: começa a ser uma “questão”.
Não tem de ser, mas pode ser. Amadurecer.
Já todos sabemos que tudo o que nasce , algum dia morre. Não vamos agora deprimir por conta disto.
Mas uma coisa é o saber racionalmente outra coisa é sentir as alterações.
A primeiríssima alteração? Quando recuperar de uma noitada já não se faz em 24 horas: são precisos mais dias.
Depois aparecem as alterações do corpo, pelos filhos e/ou pela idade, algumas rugas (tímidas ou não), alguns cabelos brancos (atrevidos ou não).
Mas o que pode perturbar mesmo é o balanço de vida: onde nós pensavamos que estariamos a determinada idade e onde realmente nos encontramos. Aí pode haver uma (mini?) hecatombe se nem tudo correu conforme o previsto, esperado.
Amadurecimento. Não vale a pena enterrar a cabeça na areia, fazer de conta que o tempo não está a passar: está.
Mas o amadurecer pode ocorrer de uma forma graciosa.
1. Amadurecer pode ser feito de forma graciosa
Muitas depressões são nutridas por conta de muita inflexibilidade. E muita comparação também. E intolerância à frustração.
(Aliás esses manifestos de inflexibilidade, comparação, frustação podem ser terreno para desenvolver depressões ou desenvolver monstros de amargura: tornarmo-nos em pessoas amargas, despeitadas, feias por dentro.
Sentimentos ou emoções fortes, marcantes e feias que, eventualmente irão aparecer nas expressões de rosto. E lá se vai o amadurecimento de forma graciosa.)
Nada disto contribui para amadurecer com graciosidade: e o tempo é implacável. Passa na mesma, passa para todos.
Por fazermos um balanço de vida por comparação com elementos exteriores a nós, tendo por base padrões sociais estereotipados ou do que nos é alheio: o salário de “A”, o número de filhos de “B”, a marca do carro de “C”, a casa de “D”, o corpo de “V”, o brilho de “W”, a beleza de “X” a juventude de “Y” o sex appeal de “Z”…
A lista pode ser interminável e as redes socias podem facilitar todo este processo de “comparação cancerosa”.
Se calhar muito do amadurecer de forma graciosa passa por aceitarmos quem somos: com imperfeições inclusivé. Corrigir aquilo que é possivel, aperfeiçoar o que está nas nossas mãos e nunca, mas nunca desistirmos de nós mesmos.
E se os nosses sonhos são parte de nós mesmos (e não sonhos de outros): então também devemos persistir neles.
E como dizia o cantor português Jorge Palma: enquanto houver estrada para andar… Não podemos desistir de nós próprios: e tudo isso começa por ter alguma compaixão por nós.
2. Mostra alguma compaixão por ti
Não é autocomiseração. Não é auto-indulgência. É compaixão.
Tomam-se decisões na vida. Algumas coisas são decididas de forma consciente, outras nem por isso. Todas com consequências.
Mas considera a tua humanidade e consequentemente: aceita que podes falhar.
Essa é a compaixão: saber e aceitar que podes falhar.
Não te vais maltratar, não vais sentir desprezo por ti, não vais distribuir a culpa por todos menos por ti.
É aceitar que és/somos imperfeitos e corrigir aquilo que depende de ti/nós.
Foste crente? Ingénuo(a)? Injusto(a)? Cruel? Agiste sob o efeito da raiva? Alguém o foi contigo? A situação estava fora do teu controlo?
Mostra compaixão por ti: mas não auto-indulgência ou auto-comiseração. Aquele equilíbrio entre a mão firme para discilinar a criança rebelde (que existe am ti) e mão carinhosa que dá colo á criança (tu) que caiu e se magou. Esse equilíbrio.
E não fiques por aí: corrige o que há a corrigir. Em ti (porque querer mudanças nos outros pode ser um desperdício de energia).
Se não é possivel mudar o que passou: podem ser feitas mudanças para garantir que não torna a acontecer. Discernimento.
Sem cinismos sem entifadas de vingança contra os eternos culpados – os outros, segundo os olhos de quem não assume a sua quota de responsabilidade nos maus resultados).
Isso é energia tua que gastas para depositar nos outros: usa essa energia para obteres transformações positivas em ti.
Se nem tudo correu bem: avalia qual foi a tua quota de responsabilidade nos resultados.
É fácil pôr toda a carga da responsabilidade nos outros.
Mas eficaz mesmo é assumir o controlo da solução: isso passa pelo aceitação dos factos, e a assumir aquilo que de facto depende da tua actuação.
3. Reavalia o que realmente é importante para ti (e não para os outros): e mete mãos á obra
Vamos supor que o que te maça nisto de “amadurecer” é perceberes que alguns dos teus objectivos não foram atingidos.
Até que ponto é que esses objectivos são mesmo importantes par ti?
Se chegas a conclusão que sim. Mete mãos á obra. É alguma coisa que em 20-30 anos possa ser iniciada ou até mesmo concretizada? Então vale a pena.
Quem disse que tens que ser um obra acabada? Pode ser um obra iniciada por ti, para ser concretizada por outros, pode ser um legado transgeracional.
Pode ser tanta coisa: só precisas de colocar o primeiro tijolo…
As possibilidades são infinitas: o que interessa é que processo te dê gozo, que te entusisme, que te mantenha aceso(a) pra vida.
Em vez de pensares que já é tarde … e derrotares-te antes sequer de teres iniciado, pergunta-te:
- Como é que…?
- Qual o passo a seguinte, o primeiro, a acção mais imediata a tomar?
4. Fica atento ao equilíbrio desta tríade: mente-corpo-afectos
E perguntas tu: então o trabalho, então o dinheirito pra vida confortável (ou luxuosa) e abundante?
Pois isso está embrulhado com a qualidade operacional da tua mente e na do teu corpo. Uma para gerar ideias, o outro para as concretizar.
Quer seja para trabalhar por conta própria, quer seja por conta de outrém.
4.1 A mente
Jamais assumas a postura de que já sabes tudo.
Podes ser especialista numa determinada área: mas há sempre algo novo a aprender na tua especialidade. E fora da tua área de especialidade o universo é imenso.
Mantém-te curioso (a).
Uma mente curiosa para aprender coisas novas é uma mente estimulada, activa , que está a construir novos caminhos de neurónios - e isso é expansão da mente, é crescimento.
Alimentar a mente é importante, mas também é importante selecionar o “alimento”: a música que ouves, as conversas que tens (quando falas contigo ou com outros), os livros que lês, os filmes que vês, os pensamentos que geras: tudo isso é alimento.
Tudo isso pode ser alimentação nutritiva ou junk food.
E o que a mente “cria” afecta a bioquímica do organismo: pode gerar ansiedade ou tranquilidade, pode gerar emoções de felicidade ou angustia, pode gerar inseguranças ou autoconfiança.
O que a mente gera de forma persistente, prevalece como um registo bioquímico no corpo.
4.2. O corpo é a tua embalagem
O corpo é a tua embalagem e precisa de “três” coisas para se manter “bem gerido”:
- bom sono
- boa alimentação (que ser quer equilibrada)
- exercício físico
É durante o sono que o organismo literalmente se auto-regenera.
O que se estraga durante o dia, o nosso brilhante organismo faz por recuperar durante o sono.
A alimentação é o combustível. Um motor não funciona tão bem com o corpo humano: experimenta colocar gasolina num motor a gasóleo a ver se anda.
Já o corpo humano… Ás vezes alimentamo-lo de forma, no mínimo, abusiva e no dia a seguir, lá está ele para nos servir.
Como o nosso corpo, essa fantástica máquina continua a trabalhar, a gente vai esticando a corda até ao limite.
É escusado estender muito sobre os benefícios do exercício físico.
Mas registe-se: estimula a produção das hormonas da felicidade: dopamina, endorfinas, oxitocina e serotonia.
E se queremos ser gente amadurecida e feliz, temos que prouzir as ditas hormonas da felicidade e, naturalmente temos que fazer alguma forma de exercício físico.
É importante fazer exercícios que movimentem os braços por causa do coração (o motor da máquina ) e ter actividade das pernas, que actua sobre a coluna vertebral. A postura da coluna é fundamental para o bom funcionamento do sistema nervoso, já que por aí que passam todas a ligações nervosas do cérebro para todo o corpo.
E tal como a mente afecta a bioquimica do corpo o inverso também se verifica: o que o corpo faz de forma persistente, afecta a dinâmica da mente. Interconectividade.
Aliás o que é bom para o corpo é bom para a mente: a esta altura do campeonato já todos sabemos que corpo e mente funcionam em perpétua dança bioquímica e comandos nervosos: o que um faz afecta o outro e vice versa.
Portanto atenta aos teus hábitos persistentes.
Se forem hábitos que sabes que no médio longo prazo te prejudicam a saúde física e mental - está na altura de considerar implementar alguma estratégia de mudança ou , pelo menos, alguma estratégia para minimizar os danos.
E isso pode começar pelo recurso à psicoterapia pare perceber a origem do hábitos e depois quem sabe, “re-arranjar” a “escrita neural” desses hábitos criando outros gatilhos para substituir por novos hábitos, que se esperam mais saudáveis.
4.3 Os afectos
Para amadurecer com graciosidade é preciso ter os afectos equilibrados.
E isso começa pelo afecto que nutres por ti: a tua relação contigo.
Toda a gente tem sentimentos negativos. A questão é se são momentos ou estados de ser.
Se cultivas ódio: o(a) primeiro(a) a sentir és tu.
Se cultivas amor: o(a) primeiro (a) a sentir és tu.
Qualquer sentimento forte e ou persistente que tenhas, traduz-se na produção de químicos no corpo que no médio/longo prazo vão reflectir-se numa melhor ou pior saúde do corpo, numa melhor ou pior saúde mental.
Melhoras a relação contigo?
Dificilmente irás atrair e manter relacionamenos tóxicos: mesmo que pessoas tóxicas se sintam “atraídos“ pelo desafio de te puxar para baixo: não vais tolerar a sua preença por muito tempo.
A tua paz de espírito vai ter mais valor para ti.
Portanto cuida dos relacionamentos que nutres, porque é energia que dás, é energia que recebes. É suposto sentires-te emocionlamnete nutrido e não sugado de energia vital.
Isto é, se queres garantir que amadureces de forma graciosa e que te sentes bem na tua pele, no teu corpo, na tua cabeça, na tua vida e em cada nova idade que inevitavelmente entres.
Getting Better Every Day
New Age Hugs
From Body&Soul!
Referências e Blogues Relacionados:
https://bodyandsoulbizz.co.uk/o-que-e-que-na-realidade-estas-a-atrair/
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